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The little girl !: A Beautiful Disaster

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A Beautiful Disaster




      Eu andava lentamente por aquela rua fria. Havia saído desesperada de casa com um pressentimento. Vesti apenas um sobretudo de lã, cor lilas, e botei um all star. Andava contra o vento gélido que faziam minhas bochechas corarem. Mas eu não me importava muito, parei de me importar com coisas assim há muito tempo atrás, desde que comecei a ver coisas, ouvir coisas, o obvio não me assusta mais, o inesperado não me assusta mais, perdi meu medo, é como se la dentro só houvesse um coração batendo, mas sem forças, sem vontade. Sentia meus dedos das mãos dormentes pelo frio, e fui andando mais rápido em direção à uma viela, totalmente deserta. Alias, quando me aproximei, não estava. Havia um homem sentado, ele olhou pra mim e eu não sei porquê, mas tremi, não era de frio.

Parei junto à ele e perguntei-lhe se tinha sido ele que havia me chamado por meio de pensamentos. Ele nada falou, apenas estendeu uma de suas mãos, me dando um papel. A unica coisa que aquele homem que disse foi "vá, mas vá rápido", peguei o papel de suas mãos  me direcionei ao outro lado da rua, foi ai que a chuva começou a cair.
      Eu não sabia porquê, mas naquela noite tudo parecia diferente, eu odiava chuvas inesperadas e amava o frio, a neve. Tentei me concentrar olhando o papel que em poucos segundos ficava encharcado pela chuva, mas consegui ver o endereço que estava ali, joguei o papel no chão mesmo e sai atras, rumo ao endereço. O que será que era? A chuva só aumentava e fazia meu sobretudo pesar sobre mim, não tive escolha, o arranquei e larguei no chão, eu estava decidida, ia até o fim. Agora sim eu estava com frio, e muito, a minha blusa, minha calça, minhas meias, tudo estava encharcado, eu já não aguentava mais aquela agonia havia surgido em meu peito, então parei de andar, sentei na calçada, e esperei, mesmo na chuva, esta ir embora, e em poucos segundos, foi o que aconteceu. Achei estranho... E mais estranho ainda foi saber que eu já estava no meu endereço. Outra vez comecei a tremer, minha espinha se arrepiou por completa, eu levantei meus olhos e não acreditei no que vi... Taylor estava ali, parado, na minha frente... 
       Eu sempre amei o Taylor, desde quando era mais nova, mas o destino nos desencontrou, até começamos a namorar, mas ele teve que viajar para outro país, eu com muita dor no coração fiquei, pois ainda estava terminando minha faculdade de Psicologia. Mas, ele nunca mais voltou, eu nunca deixei de ama-lo, passei esse tempo todo da minha vida, sem ninguém, meu coração nunca quis aceitar outro e eu não queria outro. 
      Ele veio andando lentamente para perto de mim, com a mão perto da barriga, foi aí que percebi que estava sangrando, MAS COMO!?!?!? Ele veio, com dificuldade e sentou-se perto de mim, eu gritei com ele, dizendo que eu teria que leva-lo ao médico, mas ele como sempre, muito cabeça dura, só olhou para mim, e me deu um beijo na testa, e sussurrou:
"Hoje de manhã, cheguei de viagem, decidi que iria te procurar e tentar  recuperar o tempo perdido, eu tinha lhe comprado flores, bombons, você sempre gostou disso, não é? Eu até trouxe meu violão pra tentar fazer uma serenata para você, tudo estava indo bem, decidi que essa noite faria isso. Peguei meu carro, com os bombons, flores e meu violão, e saí, no meio do caminho, começou a chover, e resolvi parar, e quando parei, fui assaltado, mas eu não queria entregar o carro, eu queria fazer tudo pra você, te entregar as flores, os bombons, fazer a serenata, e eles acabaram fazendo isso comigo, mas... Te vendo agora, sei que valeu a pena, tudo isso, você está aqui comigo.... Mellanie... Eu nunca deixei de te amar, nunca, nunca procurei outra pessoa, meu coração não queria, eu não queria, e lembra o que eu falei uma vez para você? Se um dia eu for embora dessa vida, quero morrer nos seus braços... A vida foi até boa comigo, nesse aspecto. Eu... preciso que você seja feliz, eu preciso te ver sorrir..."
      Eu não sabia o que dizer naquele momento, meu rosto foi inundado por lagrimas que não paravam de cair, mas em meio a tudo isso, eu consegui abrir um sorriso, era um misto de sentimento muito grande... Dor, alegria, tristeza, saudade.... Ele por fim, abriu um meio sorriso, e lentamente foi fechando olhos, e seu corpo foi pesando sobre mim. Eu o segurei...

3 comentários:

  1. Ameeeei, só acho que alguém deve continuar a escrever, assim só acho de leve. XD

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  2. concordo com a gêmea só e leve kkkk, mas eu acho só pesado que deveria kkk s2

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